A CADA ESQUINA
Colegas passam falando de mulher,
Mulheres andam sorrindo de homens,
Coradas feito pimenta
Tiram onda, com cantadas vazias de amor
Um carro parado na porta
Um shortinho saiu no portão
Pernas de fora
Dentes à mostra
A pressa corre despercebida
Pois para um instante
Para ver a alegria
Disfarçada em costumes de namoro em portão
Os colegas passam em frente a casa
A mulher falada senta ao meio fio,
Suas amigas continuam sorrindo
Agora, serelepes, desbaratinadas, ainda risonhas
Novamente invadidas por cantadas vazias.
O carro arranca
A garota entra e cessa com a alegria,
A pressa muda de lado
Prefere flertes vagos
Sem disfarces
Apenas obedecendo aos impulsos da emoção
O telefone toca
A felicidade instantânea entra pelos ouvidos
E a adolescência continua.
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Extraído do livro: SURTO POLIGRÂMICO, disponível para download na seção e-livros.