DIARISTA

DIARISTA

Varria a casa

Passava pano no chão

Enquanto arrastava a asa

Para um amor de ilusão

Lavava a roupa

A roupa passava

Por que a vida não lhe poupa

Desse trabalho pensava

Lavava a louça

Depois enxugava

Que ninguém a ouça

Cantarolava

Arrumava o armário

Forrava a prateleira

Com seu amor de ilusão

Pensava besteira

Voltava pra casa

Varria o chão

Passava pano no chão

Encontrava Luisão

Que não era seu amor de ilusão

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 21/03/2012
Código do texto: T3566850
Classificação de conteúdo: seguro