DIARISTA
DIARISTA
Varria a casa
Passava pano no chão
Enquanto arrastava a asa
Para um amor de ilusão
Lavava a roupa
A roupa passava
Por que a vida não lhe poupa
Desse trabalho pensava
Lavava a louça
Depois enxugava
Que ninguém a ouça
Cantarolava
Arrumava o armário
Forrava a prateleira
Com seu amor de ilusão
Pensava besteira
Voltava pra casa
Varria o chão
Passava pano no chão
Encontrava Luisão
Que não era seu amor de ilusão