Vida de universitário
A vida de um universitário é estranha
Não durmo mais, apenas recarrego as baterias
Durantes as breves quatro horas que antecedem o nascer do sol
Também não leio mais, eu devoro livros,
Mantenho-os em minha estante cativos,
Não assisto às aulas, pelejo para manter os olhos abertos assim como os meus colegas,
As provas e os trabalhos não dão tréguas
E a rotina me fatiga
É que o passar das horas me castiga, com o sono e o cansaço,
Vez ou outra me vejo com o canudo junto ao braço nos meus sonhos mais distantes
Mas esta maratona nauseante de estudos e trabalho, parece ser por demais desgastantes para um humilde poeta
Que nem sequer aspira ser atleta,
Mas também não reclamo
Diante do progresso alcançado
O esforço feito é recompensado simplesmente pelo desafio
Eu penso no que posso alcançar no que me faz seguir o meu caminho
E apenas de pensar em fracassar
Já sinto um medo, um frio, um arrepio
E quando finalmente isto acabar
Nem mais sei o que irei fazer, estou incerto,
Irei continuar a estudar, mas não tão cedo, isto é certo
Mas, paremos um instante, agora me veio um alívio,
É que está mistura estranha de poeta, filosofo, nerd, programador e estudante
Lembrou que ainda temos aquele breve tempo que dura um instante,
Que é curador de todas as misérias
E que não por acaso nos chamamos: férias