Prisioneira de mim

Sou prisioneira de um círculo

De giz, traçado ao redor de mim

Círculando lentamente

Miragens ocultas na mente

Sou dona e senhora dos sonhos

No meu mundo de ilusões

Que haja trevas

Que se faça o caos

A hora é esta de explodir estrelas

Aquela nuvem que passa

Silenciosa no azul

Faz parte do grande pool

Dos cogumelos mortais ?

Misturem-se as cruzes e inscrições

Subam nos mais altos montes

Os arautos da luz derradeira

Gritando na alvorada dos mundos

A hora é esta. A vida morreu.

Neste fragmento de círculo

Giro tecendo indecisamente

Com fios seculares

A igualdade inócua na paisagem fria

Devoro os gritos de máguas profundas

De mundos que nascem

De gigantesca farsa

Do homem-idólatra de inconcebíveis deuses

Nunca parti. Nunca chegarei.

Prisioneira neste círculo de giz

Caminho para lugar nenhum

Inconscientemente levada pelos mistérios

Da solene mutação comum

Que não acabam nunca. E começaram a pouco.

Aziul
Enviado por Aziul em 20/03/2012
Reeditado em 26/03/2012
Código do texto: T3564840
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