Nunca mais voltarei a ser eu mesmo
Depois da tragédia de ter sido tanto...
Vou evaporar como rios no deserto
E nem uma só nuvem choverá por mim.

Não quero brotar nascentes,oásis
Nada disto, basta de sentimentos!
A mim, que já não tenho descanso
Basta o cansaço de existir.

Invisível como o amor dos poetas
Ou o ódio dos profetas
A engendrarem deuses anoxéricos
Eu desparecerei

Estético.

E pelas cidades celebrarei
A doce evidência de não ser
Pois, depois de tanto ter sido
Morrerrei agradecido
Invisivelmente despido.