Monólogo
entrei pela porta dos fundos
puxei a cadeira e sentei-me
vi-me à beira de um precipício
ninguém dirigiu-me a palavra
estava ali – a sós,
preso dentro do meu arcabouço
tentei gritar,
gritar pra quê?
eu era, naquele instante, um ilustre ausente
depois de horas a fio,
percebi que o vazio que havia naquele poço
não guardava água limpa... nem suja