Recém-nascidos

Em dores de parto nessa madrugada vem à inspiração

Concebem-se no ventre da imaginação, recém-nascidos.

Gritam num choro incontido e lutam contra meus olhos

Enquanto brigam em minha mente a expelir para o papel

Em sangue se derramam em dor a manchar a folha em branco

Em lágrimas escorrem minha tristeza no infinito das linhas

As pulsações em meu peito expulsa e a paixão se rompe

Sentimentos fluem livres em seu primeiro contato com a luz

E o poeta os concebe e o cordão de ligamento é cortado

E a emoção enche o coração do trovador ao contemplar

Acaricia, atenta-se aos detalhes do corpinho ainda frágil.

Na amplitude do ser, para o deleite da alma foi que se fez.

E brotou para o enaltecer dos sentires, que a vida os concebe.

Naldo Martins
Enviado por Naldo Martins em 20/03/2012
Código do texto: T3564407