AOS ANDARILHOS

De alguns passos a sua frente
Para fugir da correnteza
Caminhe calmo e leve
Para que a paisagem não seja breve
Dedique a cada passo dado
Uma memória, uma lembrança
Para que ao final das contas
Teu trajeto não seja um verso
Mas uma bibliografia
Ande com graça e sem medo
De que a graça lhe desgrace
Não de bola aos comentários
Ficaram pelo caminho
Continue e acima de tudo
Ande, ande, ande
Quando cansar descanse
Descansado, ande, ande
Sem pressa e nem compromisso
Dedique a cada pé, um estribilho
Relembre passos antigos
Festeje os novos
E quando, de tanto andar
A monotonia o alcance
Mude e
Dance, dance dance.

 
Ita poeta
Enviado por Ita poeta em 19/03/2012
Código do texto: T3563805
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