Sua raiva não lhe dar o direito de ser cruel, “dear”
A “D”
Compreendi a crueldade citada por
Shakespeare da pior maneira possível:
Fui vítima um ato de crueldade.
Este poema configura-se como uma
Das poucas expressões de aborrecimento
E até de um pouco de tristeza.
“Dear”, não me incomoda a crueldade.
Acho ‘té que é um artifício que alguns
Primam- não julgo ninguém por isso.
Mas, “De”, sua crueldade em relação
À mim foi absolutamente gratuita e,
Portanto, desnecessária.
Se foi minha ausência naquele encontro
Que te deixou chateada, eu lhe entendo.
Mas não, isso não te daria o direito de ser
Cruel comigo!
Não é sua crueldade que me dói somente;
É o fato de que todo esse tempo eu pensei
Mais em você que em mim- você pode
Dizer, até legitimamente, que eu sou um
Egoísta. Porém te asseguro, não fui egoísta
Contigo.
Lembra do dia de meu aniversário?
Pois bem, naquele dia eu lembrei de você;
Pensei no presente que melhor
Agradaria-lhe- não, eu não deveria
Estar dizendo isso; não é de bom tom!
Por que, por que me deu um presente
no meu aniversário cuja a descrição
dedicativa era: “... para o egoísta e
‘amigo’...”
Por que fez isso, não poderia somente
Me castigar afirmando que comprou
Um presente para e que dar-me-ia mais
Por conta de sua raiva, precisava escrever
Dolorosamente tais palavras?!
Hoje não consigo te perdoar- não que
Eu não consiga; é que eu não quero!
Nunca mais refira-se à mim como um
‘Amigo’, pois não me considero mais
Teu amigo. Fiquemos como o coleguismo.
Esta relação é o que nos resta, no máximo.