Sua raiva não lhe dar o direito de ser cruel, “dear”

A “D”

Compreendi a crueldade citada por

Shakespeare da pior maneira possível:

Fui vítima um ato de crueldade.

Este poema configura-se como uma

Das poucas expressões de aborrecimento

E até de um pouco de tristeza.

“Dear”, não me incomoda a crueldade.

Acho ‘té que é um artifício que alguns

Primam- não julgo ninguém por isso.

Mas, “De”, sua crueldade em relação

À mim foi absolutamente gratuita e,

Portanto, desnecessária.

Se foi minha ausência naquele encontro

Que te deixou chateada, eu lhe entendo.

Mas não, isso não te daria o direito de ser

Cruel comigo!

Não é sua crueldade que me dói somente;

É o fato de que todo esse tempo eu pensei

Mais em você que em mim- você pode

Dizer, até legitimamente, que eu sou um

Egoísta. Porém te asseguro, não fui egoísta

Contigo.

Lembra do dia de meu aniversário?

Pois bem, naquele dia eu lembrei de você;

Pensei no presente que melhor

Agradaria-lhe- não, eu não deveria

Estar dizendo isso; não é de bom tom!

Por que, por que me deu um presente

no meu aniversário cuja a descrição

dedicativa era: “... para o egoísta e

‘amigo’...”

Por que fez isso, não poderia somente

Me castigar afirmando que comprou

Um presente para e que dar-me-ia mais

Por conta de sua raiva, precisava escrever

Dolorosamente tais palavras?!

Hoje não consigo te perdoar- não que

Eu não consiga; é que eu não quero!

Nunca mais refira-se à mim como um

‘Amigo’, pois não me considero mais

Teu amigo. Fiquemos como o coleguismo.

Esta relação é o que nos resta, no máximo.

Jhonny Rodrigues
Enviado por Jhonny Rodrigues em 19/03/2012
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