Mudando de página
às vezes “deleto” minha alma,
a dor é bestial
leva seus escritos,
deixando um vazio enorme
é como uma ave que voa
sem saber para onde,
é como uma cobra-cega
que perde o rumo
as palavras se perdem da tela,
mas ganham um novo lugar,
uma nova morada
nas gavetas da nossa história
hoje canto e rio,
choro e soluço;
as verdades que perdi,
as palavras que não guardei