O vestido do pecado

Quase que como uma santa

Coberta toda com uma manta

O corpo pagava a penitência

Levando o desejo à falência

Nela aquela dama se agitava

Vestiu-se para a corte em festa

Embriagada vítima das cavas

A paixão na calma se manifesta

Cobriu-se com roupa suspeita

Que obedece a todo instinto

Onde todo o prazer se deleita

Livrou-se das tramelas e cintos

Sem cercas, roupa e consciência

Livrou-se também da penitência

Quando a paixão a mulher acua

Vestindo roupa ela se faz nua

Roberto Chaim
Enviado por Roberto Chaim em 18/03/2012
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