O vestido do pecado
Quase que como uma santa
Coberta toda com uma manta
O corpo pagava a penitência
Levando o desejo à falência
Nela aquela dama se agitava
Vestiu-se para a corte em festa
Embriagada vítima das cavas
A paixão na calma se manifesta
Cobriu-se com roupa suspeita
Que obedece a todo instinto
Onde todo o prazer se deleita
Livrou-se das tramelas e cintos
Sem cercas, roupa e consciência
Livrou-se também da penitência
Quando a paixão a mulher acua
Vestindo roupa ela se faz nua