Talvez seja a hora de guardar as palavras.
E que as pessoas se lembrem de mim
como quiserem, quando quiserem
e como puderem que esqueçam.

Porque talvez seja a hora de guardar as armas
e a hora mais propícia de se guardar luto,
pois, afinal, seja o que for que eu tenha sido
eu fui para nunca mais ser
e hoje deixo de ser...

seja o que for que eu tenha sido
hoje eu morri...

Guarda, então, alguma palavra qualquer
que seja algum resto do que quer que seja
do que quer que não seja que sou e que fui...

Porque fui com todo o direito de não ser
E não sou mais, nunca mais serei.

Guarda-te, pois, de mim
Guarda-te destas palavras

Porque renasci...
Marcos Lizardo
Enviado por Marcos Lizardo em 18/03/2012
Reeditado em 11/05/2021
Código do texto: T3561049
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