DELÍRIO
DELÍRIO
então, falemos de demência
o mar saudando o verão
um rio murmurejando
um salseiro que emudece
um teto beijando estrelas
janelas abertas na lua
aves alimentando sonhos
olhos plantados no azul
vacas saltando de para quedas
sapatos falantes
e eu aqui escrevendo
bicho sem cabeça
coração escondido em cada letra
na viagem pulsante
apaixonada
do poeta insano