Quase Nada...
era quase nada
um punhado de letras
bobagens, metáforas
insensatas palavras
desperdício, feridas,
garganta em chagas
gritos presos, lixo,
detritos do acaso
era quase nada
a carne torta, absurda
no esgosto do medo
ilusionismo e máscaras
ranhura de um halo
desejando ser fato
anedota dos deuses
colhendo lágrimas
afinal, era quase na-da...
o sonho na escada
sempre abaixo, sempre
calado, sempre abaixo...