PERSEGUIÇÃO POÉTICA
Essa noite, quase que eu não dormia,
pois um poema enigmático
e implacável me perseguia.
Quando a luz eu acendia,
pegava caneta e papel,
o poema, travesso, de mim fugia.
Quando a luz eu apagava
e os olhos cerrava,
de novo, bem nítido, ele aparecia.
Quem é poeta, com certeza,
já passou por essa estranha
e gostosa agonia:
ser cortejado e perseguido
e cada noite, a cada madrugada
pela misteriosa musa da poesia....
Essa noite, quase que eu não dormia,
pois um poema enigmático
e implacável me perseguia.
Quando a luz eu acendia,
pegava caneta e papel,
o poema, travesso, de mim fugia.
Quando a luz eu apagava
e os olhos cerrava,
de novo, bem nítido, ele aparecia.
Quem é poeta, com certeza,
já passou por essa estranha
e gostosa agonia:
ser cortejado e perseguido
e cada noite, a cada madrugada
pela misteriosa musa da poesia....