A flor do dia...
Ou quando não te vejo.
Fecha-se a janela, que dá para o jardim.
Ficam minhas saudades aprisionadas,
Como num jarro a bela flor esquecida.
Sem raios solares morre desbotada.
Pequena flor seus últimos pingos de vida.
Desesper0-me ao ver a flor que murcha,
Sobre a borda da jarra, ela se debruça.
Na janela apenas o lamento triste agora.
Falsa simbiose da flor que se enamora.
Em meio a este abandono que emperra,
Logo a esperança de amar vai embora.
Sem nenhum tipo de alento nesta agonia,
Que faça esperar pela nova manhã de gloria.
Vejo os primeiros raios solares pela janela
Deflorando a manhã, alimentando o jardim.
Sob o olhar atento do beija-flor na festa amarela
De um girassol que se oferece aos raios solares.
Mas a flor que outrora me encantara
Agora ali alheia à fotossíntese, agoniza.
Esta flor descrente dos galanteios solares.
E o ultimo cuitelinho num rasante foi embora.
Toninho.
12/03/2012.
http://mineirinho-passaredo.blogspot.com/