Porteira fechada

Ah meu Mato Grosso (do Sul)!!

Pra quê tanto índio?

Pra quê tanta onça?

Pra quê tanto mato?

E lei, pra que tanta lei?

Ah meu Mato Grosso (do Sul)!!

Com teu futuro à noite sonhei.

No meu sonho, eu cuspia sobre ti

E era uma saliva estéril e viscosa

Pesticida que a tudo exterminava.

Tu te regozijavas

vendo que nada restava além do deserto

da tua vontade de soja e de boi.

Ah meu ruminante Sul de Mato Grosso!!

Como te quero vasto!

Como te quero pasto!

Porteira fechada só pra mim.

Ah meu ruminante Sul de Mato Grosso!!

Como te quero vasto!

Como te quero pasto!

Porteira fechada só pra mim.

Gilberto Ricardi
Enviado por Gilberto Ricardi em 16/03/2012
Reeditado em 29/04/2016
Código do texto: T3557477
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