Porteira fechada
Ah meu Mato Grosso (do Sul)!!
Pra quê tanto índio?
Pra quê tanta onça?
Pra quê tanto mato?
E lei, pra que tanta lei?
Ah meu Mato Grosso (do Sul)!!
Com teu futuro à noite sonhei.
No meu sonho, eu cuspia sobre ti
E era uma saliva estéril e viscosa
Pesticida que a tudo exterminava.
Tu te regozijavas
vendo que nada restava além do deserto
da tua vontade de soja e de boi.
Ah meu ruminante Sul de Mato Grosso!!
Como te quero vasto!
Como te quero pasto!
Porteira fechada só pra mim.
Ah meu ruminante Sul de Mato Grosso!!
Como te quero vasto!
Como te quero pasto!
Porteira fechada só pra mim.