Terras Estranhas
Andei por terras estranhas,
Subi e desci picadas,
No capim e suas entranhas,
Ouviam-se as balas disparadas
São verdades e não patranhas!
Ouvi tiros a partir,
Canhões a troar,
Sem medo de mentir,
Senti as balas passar,
Dias e noites sem dormir!
Corpos a sangrar,
Vidas a se extinguir,
O inimigo a atacar,
O tiroteio a prosseguir,
Sem saber quando ia acabar!
Aqui fiquei a recordar,
As veredas por onde passei,
As minas que tive de evitar,
Parece-me hoje que sonhei,
Ao escrever todo este arrazoar!