O QUE SEREMOS

Eu respiro a poesia
Que exala da tua pele.
Eu bebo os humores em teus pudores.
Assim, broto de teus poros.
Sou viável, porque me queres
e, somente por isso,
a tarde deixou de ser inútil.
Aonde iremos, perguntas.
Fustigo o corcel alado
e respondo que ainda não sei.
Haveremos de encontrar um lugar,
em que se possa retomar
a inocência perdida
e sermos de novo sinceros.
Que não há mais sonhos
a serem sonhados,
apenas vidas
a serem vividas .
Por certo todas as manhãs
serão apenas manhãs.
Teu coração de menina,
que me porejou poesias,
será sempre um coração
de menina.
E eu?
O que serei?
Sei, talvez um pouco mais
que homem,
um pouco mais que poros
vertendo tua alma.
Serei, quem sabe, poeta
das delicadezas
dos teus sonhos.
Nelson Eduardo Klafke
Enviado por Nelson Eduardo Klafke em 15/03/2012
Reeditado em 25/07/2014
Código do texto: T3556808
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