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Delírio*
Dos meus olhos partidos
nunca esgota-se a ternura
o sonho, o afã
o desejo sublime de ser tua...
Do meu olhar sincero
por hora desbotado
-da dor acometida-
há tantos resquícios de ti
e de todas as palavras
mesmo àquelas nuas
ainda trazem flores ao meu olhar
e nas noites claras
enxergo-te na minha lua...
Dos meus olhos mareados
as vagas ainda choram tua ausência
e o ideal sonhado em anuência
-um sonho mútuo-
vive e sobrevive
como o desejo que tive
o desejo mais lindo do mundo...
-ser tua, nem que por um segundo-
Karinna*