Sectarismo Semântico

Em meu corpo chove o suor da utopia

Inundando as crateras da região agreste,

No mar que desfila suas vagas no ponto leste

Há calhas que protegem o ribombar da fantasia.

No dilúvio intenso evidencia-se a fadiga do organismo

Que labuta lento sem os acordes da sinfonia,

No marasmo em que desponta uma sutil letargia

Ocorrem querelas que buscam iludir o despotismo.

Há dormência lombar nos ossos do esqueleto

Que causa cataclismos de teor suspeito

E seqüestram-se as magnólias que não vivem no sertão...

A garoa ácida fecunda o néctar da nostalgia

Reduzindo os efeitos que adereçam o ornamentar da alegoria

Que finge alimentar os pilares exóticos da emoção!

Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 15/03/2012
Código do texto: T3556753
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