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Eu queria viver distraído
para viver feliz
e não ter bolas de chumbo
prezas ao tornozelo
ou ao coração
e não ter ninguém dentro.
Eu queria ser eu
comigo mesmo
exposto às críticas
e duro o bastante
para não sangrar meus sentimentos.
É mau o que trago
no peito.
Eu queria ser o que sou
exceto o que sinto,
mas o ser partilha o sentir.
Longe de mim o amor
(des)com-partilhador.
Queria a unidade:
ser mono de novo.