Colagens e Rupturas.
Colei várias estrelas,
Em um céu de veludo, no teto do meu quarto,
Fechei os olhos e o mundo ficou mudo,
O silêncio era belo, antes de fragmentar-se,
Tornou-se então o escuro... milhões de fragmentos.
As estrelas não eram reais, eram falsas, mas não importa,
Elas me faziam crer em um céu azul que habitava em meus sonhos,
E me fazia esquecer que eu estava preso dentro de um quarto.
Vários papéis amassados, as paredes rabiscadas,
O caos tornando-se poesia por que me transmitia calma,
Nunca tivera eu tido a oportunidade de sonhar acordado,
E poder tocar a fumaça de felicidade que se dissipava no ar.
Vi que faltava uma lua para colorir mais minhas estrelas,
E então desenhei uma... ela era marron da cor dos olhos do tempo,
Ela era maior que todos meus medos.
Sentia a brisa leve da noite envolvendo meu corpo,
Eu exposto as peripécias doce dos meus desejos,
Queria que um pouco dessa fabula se desprende-se de mim,
E pudesse invadir a realidade de todos.
Mas alguns não conseguem enxergar
Nada além de estrelas de papel, uma lua pintada a mão,
Folhas amassadas e paredes rabiscadas,
Para muitos, ai, não existe poesia alguma.