Colagens e Rupturas.

Colei várias estrelas,

Em um céu de veludo, no teto do meu quarto,

Fechei os olhos e o mundo ficou mudo,

O silêncio era belo, antes de fragmentar-se,

Tornou-se então o escuro... milhões de fragmentos.

As estrelas não eram reais, eram falsas, mas não importa,

Elas me faziam crer em um céu azul que habitava em meus sonhos,

E me fazia esquecer que eu estava preso dentro de um quarto.

Vários papéis amassados, as paredes rabiscadas,

O caos tornando-se poesia por que me transmitia calma,

Nunca tivera eu tido a oportunidade de sonhar acordado,

E poder tocar a fumaça de felicidade que se dissipava no ar.

Vi que faltava uma lua para colorir mais minhas estrelas,

E então desenhei uma... ela era marron da cor dos olhos do tempo,

Ela era maior que todos meus medos.

Sentia a brisa leve da noite envolvendo meu corpo,

Eu exposto as peripécias doce dos meus desejos,

Queria que um pouco dessa fabula se desprende-se de mim,

E pudesse invadir a realidade de todos.

Mas alguns não conseguem enxergar

Nada além de estrelas de papel, uma lua pintada a mão,

Folhas amassadas e paredes rabiscadas,

Para muitos, ai, não existe poesia alguma.

DjavamRTrindade
Enviado por DjavamRTrindade em 15/03/2012
Reeditado em 15/03/2012
Código do texto: T3556176
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