Quem ama inventa as penas em que vive.”
                                            (Olavo Bilac)

 
Não fossem alguns acidentes da vida,
Não fossem esses imprevistos do destino,
Acho que eu teria sido, seja por acidente ou imprevisto, artista.
E destes visionários que são tocados de ver beleza em tudo,
Ou daqueles que quando não a veem, inventam...
 
Inventaria outro mundo? Claro que não.
Inventaria este mundo mesmo e tudo mais que havia de haver nele
Mas eu o inventaria desta feita o mundo não como ele é. Bobagem!
Eu o inventaria como ele deveria ter sido...
As cores e os sons, as palavras escritas e os sonhos
E tudo quanto há que é poderia ser o mesmo e ficar como está!
 
Mas eu reinventaria, talvez, teus olhos e teus ouvidos,
Tuas mãos e teus pés e todos os teus sentidos,
Teus sentimentos e emoções, tuas saudades profundas,
Tua alegria de viver, tua força para permanecer viva
E tua obstinação em sobreviver...
 
Eu te reinventaria inteira e toda
Para que fosses só minha dessa vez...
Marcos Lizardo
Enviado por Marcos Lizardo em 15/03/2012
Reeditado em 11/05/2021
Código do texto: T3556150
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