RELÓGIO
O instante se consome
Nos ponteiros do relógio.
Os momentos escoam
No funil do tempo.
As ânsias de saciedade
Anseiam pelos momentos,
Vividos, queridos,
Lembrados, chorados,
Perdidos, cantados
Em rimas e versos
Que não foram escritos
No papel.
E os segundos passam
E amassam e arrastam
Os sonhos que ficaram,
As dores que lembraram,
As marcas que marcaram
O coração.
Os ponteiros dos instantes
Seguem cantando
Sua canção.
ALMacêdo