Vaidade
Ela brinca num labirinto de contradições
Mas não sabe navegar em qualquer mar
Faz de conta que está mais feliz
Apronta uma rima pobre para compensar
o que ela teima em negar
E ao final diz que é gelo e não queima
Mas sabe que arde sem fim
Teimosa, curiosa, vaidosa
Está cansada demais para continuar
Mas vai teimando até não poder mais
Não quer saber de nada
Mas vem aquela vontade danada de saber
o que se passa do outro lado do mundo
E por um segundo se sente mais bela
Pois não há nada como um pouco de vaidade
ante a severidade de um coração aflito.