Vaidade

Ela brinca num labirinto de contradições

Mas não sabe navegar em qualquer mar

Faz de conta que está mais feliz

Apronta uma rima pobre para compensar

o que ela teima em negar

E ao final diz que é gelo e não queima

Mas sabe que arde sem fim

Teimosa, curiosa, vaidosa

Está cansada demais para continuar

Mas vai teimando até não poder mais

Não quer saber de nada

Mas vem aquela vontade danada de saber

o que se passa do outro lado do mundo

E por um segundo se sente mais bela

Pois não há nada como um pouco de vaidade

ante a severidade de um coração aflito.

Tay Santos
Enviado por Tay Santos em 14/03/2012
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