Rumo
Sabes...
Que o tempo cura,
Que o tempo é duro
E que a vida perdura
Num coração puro.
Sabes...
Que o estranho ofusca
Que o impossível cresce
Ao compasso da tua busca
Por aquilo que te enfurece.
Acreditas...
Em mudanças
Em elogios rasgados
Em falsas esperanças
Em olhares maltratados.
Foges...
Para longe, bem perto,
Enfureces as tuas preces
Desligado de um mundo incerto
De um faminto orgulho que mereces.
Vives...
Pensando, incendiado
Originando danos
Travando um estranho lado,
Lado de tamanhos enganos.
Acaba...
O viver preocupado
O viver desafogadamente
Cantando decapitado
Invadindo uma nova mente.