DE JACÓ PARA SUA AMADA RAQUEL

Das duras noites em que andei ao léu

Perdido, a pastorear o nada

Eu sempre pude te vislumbrar, amada

Como uma nesga de vida, puro céu

Do sal, aos poucos, fez-se o mel

Como um alento em prece renovada

Posso ser tudo, mesmo sendo nada

Porque me deste guarida no teu véu

Agora vivo, e tenho a alma embriagada

Por teu sorriso, e sinto a pele perfumada

Teus longos cabelos me cercam como anel

No teu beijo, vejo a aurora despir a madrugada

Em ti me perco e me encontro na jornada

Sou cavalheiro da corte de Raquel.

Landro Oviedo
Enviado por Landro Oviedo em 13/03/2012
Reeditado em 13/03/2012
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