Clandestina

Ela é uma mulher bem resolvida,

Teve uma vida de lutas. Foi guerreira.

Porém em sua vida derradeira,

Quiz o destino brincar com sua vida.

Enfrentou altos e baixos, mas venceu.

E resolveu as pendências do passado,

Para ter um presente restaurado,

Perdeu quase tudo o que era seu.

Tinha sonhos, tinha planos e vontade

De levar a sua vida bem vivida.

Apesar de muita luta, muita lida,

Apesar de já ser muita a sua idade.

Porém, depois de cruéis decepções,

Eis que aparece em sua vida um novo amor,

Que encheu a sua vida de calor,

Despertando nela, novas sensações.

Era algo assim, fora, totalmente,

Dos contextos desse mundo social.

Ele bem novo, uma idade desigual,

Mas a paixão, foi instantaneamente.

E vivem juntos, momentos bem marcantes.

O maior love, é a vida desses dois.

Vivem o presente esquecendo o depois

E fazem coisas pra lá de extravagantes.

Porém tem algo, que lhe fere o coração:

É ela viver na clandestinidade

Ela sabe que por sua muita idade,

Ela o constrange e ela entende a sua razão.

Ela procura esquecer essa tristeza.

Viver com ele, é a sua felicidade.

Não se importa com a sua clandestinidade,

Que é cruel e lhe machuca, com certeza.

As suas quatro paredes, é o paraíso.

De clandestina, é transformada em princesa.

Com ele, sua vida é realeza

E vive ali, com ele, entre sorrisos.

Mas, por que esse destino é tão palhaço?

Tá zoando com a vida da mulher,

Que esteve nesta vida sempre em pé,

Nas muitas dores e em qualquer dos embaraços.

Ela vive nos extremos da emoção.

Sempre disse, que com ela é tudo, ou nada.

Mas, por amor topou essa parada,

Ser clandestina é a sua condição.

Mas tem na vida uma sorte abençoada.

Ela é vista, por aquilo que ela é.

Pode julgar, pode falar, quem bem quiser,

Mas ela ama e o que é melhor, ela é amada.

**************Eunice Andrade**************

Nice Andrade
Enviado por Nice Andrade em 12/03/2012
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