SOMOS NADA


Ocos, vazios
Corroídos, putrefatos,
O cérebro e seu destino.
Zerado.

Para que tanta vaidade
Se a morte dia a dia tudo invade?
O muito não é nada.
O pouco menos ainda.
Pó e só pó,
Que o sopro leve do vento leva.

Afastar o sono.
Declinar da conveniência.
Lavar o rosto com água gelada.
Acordar da embriaguez de si mesmo.




 
KATHLEEN LESSA
Enviado por KATHLEEN LESSA em 12/03/2012
Reeditado em 02/07/2014
Código do texto: T3550400
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