P O S S E
O teu corpo
é uma estranha nebulosa
que mal distingo na penumbra luminosa,
enre o silêncio
que apascenta nossos corpos.
Deslizando em tua carne tão macia
minhas mãos não se detém e acariciam
cada recanto, cada relêvo...
os teus segredos.
Num gesto inútil
te proteges, recatada,
enquanto a boca me procura estonteada
tudo me dando,
tudo mostrando,
tudo querendo.