A arma do poeta!

Ensaios de Foyer

O poeta é um tipo perigoso

Teimoso e não raro subversivo.

O poeta tem uma esquisitice arrogante.

Forja no centro da testa rugas marcantes,

e com elas finge ser reflexivo.

Um poeta solto é um perigo.

Além de um pouco sádico,

o poeta é um louco trágico.

Por isso, não me deem ouvidos.

Olga Maria Scuoteguazza

A arma do poeta!

O poeta finge

Acredita que ama

Para acender em si

Apagada chama.

O poeta e a natureza

O joio e o trigo

Arvore que floresce

Feito mãe, parindo filho.

O poeta falha

O poeta acerta

O poeta perdoa

O poeta erra.

O poeta é nuvem

Nuvem que faz chuva

Erva daninha

Cacho de uva.

O poeta é feito abelha

Ferroa com palavras

Pertence a uma colmeia

Mel de perolas raras.

O poeta se esconde

No mundo dos sentimentos

Muito longe onde vivem

Seus íntimos pensamentos.

O poeta nasce

E morre de felicidade

Se os versos sobrevivem

A eternidade.

O poeta é luz

Quando escreve versos

Quem cala o poeta

É assassino no universo.

O poeta escolhe o alvo

Sem facões ele desarma

Abraça o seu algoz

Sua Pena é sua arma.

Tony Bahia

O poeta com a pena em punho

saiu enfeitando tudo que achava feio

e retocando tudo que já era belo.

O poeta tem uma arma poderosíssima:

O Dom de dar vida às palavras.

Edna Frigato

Sublime inspiração da poeta "Edna Frigato! - obrigado - tony.

Tony Bahia
Enviado por Tony Bahia em 12/03/2012
Reeditado em 13/03/2012
Código do texto: T3550236