A arma do poeta!
Ensaios de Foyer
O poeta é um tipo perigoso
Teimoso e não raro subversivo.
O poeta tem uma esquisitice arrogante.
Forja no centro da testa rugas marcantes,
e com elas finge ser reflexivo.
Um poeta solto é um perigo.
Além de um pouco sádico,
o poeta é um louco trágico.
Por isso, não me deem ouvidos.
Olga Maria Scuoteguazza
A arma do poeta!
O poeta finge
Acredita que ama
Para acender em si
Apagada chama.
O poeta e a natureza
O joio e o trigo
Arvore que floresce
Feito mãe, parindo filho.
O poeta falha
O poeta acerta
O poeta perdoa
O poeta erra.
O poeta é nuvem
Nuvem que faz chuva
Erva daninha
Cacho de uva.
O poeta é feito abelha
Ferroa com palavras
Pertence a uma colmeia
Mel de perolas raras.
O poeta se esconde
No mundo dos sentimentos
Muito longe onde vivem
Seus íntimos pensamentos.
O poeta nasce
E morre de felicidade
Se os versos sobrevivem
A eternidade.
O poeta é luz
Quando escreve versos
Quem cala o poeta
É assassino no universo.
O poeta escolhe o alvo
Sem facões ele desarma
Abraça o seu algoz
Sua Pena é sua arma.
Tony Bahia
O poeta com a pena em punho
saiu enfeitando tudo que achava feio
e retocando tudo que já era belo.
O poeta tem uma arma poderosíssima:
O Dom de dar vida às palavras.
Edna Frigato
Sublime inspiração da poeta "Edna Frigato! - obrigado - tony.