Gente na enchente

Euna Britto de Oliveira

www.euna.com.br

Aquele rio amigo,

De pedras, de peixes,

De nossos banhos...

De travessias amenas

Em canoas e barcos pequenos...

De repente, ficou

Pardo

Valente

Potente

Enfezado

Enviezado...

Não se podia nadar reto.

O rio não admitia alheias intenções.

Só ele mandava e decidia!

E ele puxava para o meio...

Veio da terra, sem freio,

Queria levar tudo com ele!

Até os barrancos.

Até os barracos ribeirinhos.

Até os pedaços de árvores

Arrancados e arremessados em suas águas

Pelo vento!...

Mas rio não leva momentos.

Ficou tudo registrado em minha mente!...

Da outra margem,

Vi Tionesto sendo arrastado pela correnteza do rio

Lutando bravamente contra a corrente

Para sair fora!...

Braçadas vigorosas em água barrenta,

De enchente!

Paralelo à margem,

Não conseguia se encostar a algum acesso à terra.

Essa luta durou um tempo diferente de relógio...

Um verdadeiro sufoco!

Mas Tionesto se safou desta!

Nas dificuldades,

Nado como Tionesto.

Águas caudalosas quase me submergem...

Mas emerjo!

Porque uma força extra me completa e me resgata!

Deus age

Em tudo e em todos!...

Em todos os lugares

Em todos os momentos

Em todos os tempos!

E em todos os contratempos...

Louvado seja Deus!...

Euna Britto de Oliveira
Enviado por Euna Britto de Oliveira em 22/01/2007
Código do texto: T355016