Crisálida
o que me tranquiliza
são os voos da borboleta,
quando pousa em minha mente
perco o sentido de direção
ando para um lado
caminho para o outro
entro em transe
viro de ponta-cabeça
o mundo roda
as imagens contorcidas nas paredes
atestam a chama que acende e apaga,
me transformo em um vagalume de fogo
a Mariposa feliz da vida
ensaia outros arroubos,
ainda mais altos,
é como se procurássemos o impensável