SEXTINA DO MEU MUNDO
No mundo em que eu pensava que vivia,
embora bem soubesse haver o medo,
grassavam gentilezas e respeito
florindo nos jardins da convivência;
pessoas, quase todas bem sensíveis,
guardavam não no sim – ato constante.
Também guardava o céu, assim, constante,
meu sonho-luz que em seu azul vivia;
brincava em nuvens, que de tão sensíveis,
solviam-se em meu corpo, ai, ai, que medo!
Jamais caí. Naquela convivência,
brilhavam fantasia, amor, respeito.
E nesse mundo meu de amor, respeito,
alava o meu sonhar firme e constante,
colhia em tais jardins da convivência
a mais bonita flor que ali vivia,
a flor, que de tão linda, alçava o medo
aos voos dos afagos mais sensíveis.
Ah! E essa flor (pureza) em seus sensíveis
estames delicados de respeito,
formavam polens que, por sobre o medo,
plainando ao ar, em bel labor constante,
geravam flor-alento, onde vivia
o afeto que abrandava a convivência.
Mantinha-se sadia a convivência,
porque, no mundo meu de dons sensíveis,
cuidava-se de tudo o que vivia:
dos seres, coisas, com total respeito.
E o céu sorria em seu azul constante,
deixando mais tranquilo até o medo.
E aos poucos me esquecia do tal medo
na proteção da leda convivência...
A solidária ação, tenaz, constante,
com seus clamores fortes, mas sensíveis,
mostrava que ajudar é fé, respeito
ao outro igual que ali também vivia.
Mas mundo em que vivia alçando o medo
era ilusão! Respeito em convivência?
Perdeu seus sóis sensíveis no ai constante.