SEXTINA DO MEU MUNDO

No mundo em que eu pensava que vivia,

embora bem soubesse haver o medo,

grassavam gentilezas e respeito

florindo nos jardins da convivência;

pessoas, quase todas bem sensíveis,

guardavam não no sim – ato constante.

Também guardava o céu, assim, constante,

meu sonho-luz que em seu azul vivia;

brincava em nuvens, que de tão sensíveis,

solviam-se em meu corpo, ai, ai, que medo!

Jamais caí. Naquela convivência,

brilhavam fantasia, amor, respeito.

E nesse mundo meu de amor, respeito,

alava o meu sonhar firme e constante,

colhia em tais jardins da convivência

a mais bonita flor que ali vivia,

a flor, que de tão linda, alçava o medo

aos voos dos afagos mais sensíveis.

Ah! E essa flor (pureza) em seus sensíveis

estames delicados de respeito,

formavam polens que, por sobre o medo,

plainando ao ar, em bel labor constante,

geravam flor-alento, onde vivia

o afeto que abrandava a convivência.

Mantinha-se sadia a convivência,

porque, no mundo meu de dons sensíveis,

cuidava-se de tudo o que vivia:

dos seres, coisas, com total respeito.

E o céu sorria em seu azul constante,

deixando mais tranquilo até o medo.

E aos poucos me esquecia do tal medo

na proteção da leda convivência...

A solidária ação, tenaz, constante,

com seus clamores fortes, mas sensíveis,

mostrava que ajudar é fé, respeito

ao outro igual que ali também vivia.

Mas mundo em que vivia alçando o medo

era ilusão! Respeito em convivência?

Perdeu seus sóis sensíveis no ai constante.

Marco Aurelio Vieira
Enviado por Marco Aurelio Vieira em 10/03/2012
Código do texto: T3545876
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