O POEMA DO RUM

Salve o torpor libertário

Ante o estupor dos grilhões

De viver são. E quão são?

Senão, ainda mais louco

Pois, a forca é sentença da alma

Suspensa no cânhamo moral

Sobre o cadafalso social

Fantasia anestésica

Contra dores da realidade sã

Vilã, eu concordo.

E vã. Se eu me recordo:

Aos Elísios, ainda mais daqui,

Nada levamos

Por que do gozo da boa vida

Então nos privamos?

Eis que ébrio estou

E o rum, lúcido entorno.

E, por Baco, não mais retorno

À insanidade do sóbrio grilhão.

Jack Danger
Enviado por Jack Danger em 09/03/2012
Código do texto: T3545404
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