LIBERDADE & COVARDIA

Negra tez tostada pelo Sol

Com profundas marcas

Vai o negro irmão cambaleando

Com fardos atirados no seu corpo!

Qual a culpa de sua negra pele?

Se somos iguais em tudo!...

No sentimento, no amor, na vida,

A covardia comete tal absurdo.

Quantos irmãos foram assassinados

Ao longo do regime tão brutal,

Distante da Pátria, amigos e familia

Já era para o negro um grande mal.

Entretanto o homem branco

Acorrentou os seus irmãos de cor,

Estraçalhou sua cultura, suas raízes,

Até hoje o negro chora e ri de dor!

Anos se passaram e quase nada

Progrediu nesta cultura escravocrata,

De homens que enriqueceram

À custa dos negros na chibata.

Multiplicaram senzalas e açoites

Nos anos de "liberdade e covardia"

E, o negro sorriu com a "Lei Áurea"!

Preso aos grilhões, sem alforria.

Negro amigo, companheiro e irmão

Pagastes com sangue, o progresso,

Mecere o respeito e o carinho...

E não ser excluído, quase em guerra!

João Correia
Enviado por João Correia em 09/03/2012
Reeditado em 12/03/2012
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