O VOO DOS CONDORES
A rebeldia de um povo
vale um luzir de prata
na fidalguia de um Sucre
na centelha de um Zapata
É nas entranhas da terra
que a gente se sente viva
na pertinácia de Artigas
no legado de Bolívar
O'Higgins, o taura enjeitado
fruto de união infeliz
foi paternal com seu Chile
pai de seu próprio país
Martí, precursor da Pátria
morreu no melhor dos anos
abatido em pleno sonho
na epopeia dos cubanos
San Martin, mi general
as portas do mundo abre
são três povos que se unem
defendidos por seu sabre
João Cândido, o almirante
que das águas fez seu chão
domou a cruel chibata
no antro vil da escravidão
Sepé, o índio guerreiro
disse que a terra tem dono
subiu aos céus como santo
se antecipando ao outono
El Che, nosso comandante
de alma e luz cristalina
fez seu eco retumbante
na América Latina
São condores do meu povo
condutores na paixão
mosaicos de um mundo novo
- mais confraria e mais pão -.