Donde Vens

Donde vem essas belas palavras que me escapam,

Donde vem esse mundo que em meus pensamentos habitam

Mas não o posso tocar, mas nao o posso sentir!

Como serei algo que a invisibilidade torna visível?

Perguntas sustentadas pelo vázio das palavras,

Pelo vázio do sentido, pelo vázio do nada.

Procure rimas inexistentes

Mas alma procura verdade existente,

Procura existir a falsidade do corrente,

Procura também ser a independência sua.

Serei eu algo no vázio do tudo?

Dos dedos meus virão essas belas palavras de proveniência ineficaz,

Será ligação do nada ao mundo,

Do interior ao surdo,

Do vázio ao infinito,

De mim ao papel.

Que seria de mim se não pudesse ter a verdade da palavra,

A verdade da mentira dessas palavras,

Os sonho da realidade irreal,

O mundo surreal que me involve?

Que seria de mim sem os meus pesadelos,

Sem os demónios que as minhas noites atormentam,

Sem o fim fazendo-se sentir em mim?

Donde vem esse infinito sentimento

Que me faz não deixar de sentir a sua presença

Mesmo que a distância seja o nosso maior pesadelo?

Donde vem esse amor que me faz não te apagar da minha cabeça?

Donde vem esse fim que se faz sentir quando to longe de ti?

Donde vem essas belas palavras se minha’lma ta vázia, seca e sem sentimento?

Donde o amor não existe e apagado esta.

Donde vem esse poema

Que me faz querer viver a morte cada hora de minha minúscula existência

Mas o teu amor me reanima?

Donde vem essa vida desse pobre poeta, donde vens oh letra?

Samuel Simoque
Enviado por Samuel Simoque em 08/03/2012
Código do texto: T3542974
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.