Deixa que os mortos enterrem os seus mortos
E que os vivos por derradeiro errem por esta vida.
Pois que as estradas desinteressadas me arrastam
E as distâncias gritam de lá o meu nome e o teu nome,
O teu nome que meu coração já nem mais pronuncia,
Por medo, por respeito, por despeito, por defeito,
Pelo desfeito de tudo que fica tão perto de mim,
De tudo que é de mais certo em mim,
Que sempre foi tão distante de ti...
Num esquecimento.
Deixa que mortos e vivos errem por essa estrada,
Que quem não tem aonde ir não carece de voltar.
Toma cuidado, entretanto, com a poesia no meio do caminho,
Que eu não cuido nunca de me cuidar dela, num descuidado sem tamanho.
Com a poesia me desfaço e refaço e eu sou bastante feito de descuido...
E que os vivos por derradeiro errem por esta vida.
Pois que as estradas desinteressadas me arrastam
E as distâncias gritam de lá o meu nome e o teu nome,
O teu nome que meu coração já nem mais pronuncia,
Por medo, por respeito, por despeito, por defeito,
Pelo desfeito de tudo que fica tão perto de mim,
De tudo que é de mais certo em mim,
Que sempre foi tão distante de ti...
Num esquecimento.
Deixa que mortos e vivos errem por essa estrada,
Que quem não tem aonde ir não carece de voltar.
Toma cuidado, entretanto, com a poesia no meio do caminho,
Que eu não cuido nunca de me cuidar dela, num descuidado sem tamanho.
Com a poesia me desfaço e refaço e eu sou bastante feito de descuido...