BLÁ - BLÁ - BLÁ

BLÁ - BLÁ - BLÁ

Quantas teorias desencontradas

Tentaram impor verdades inexistentes ?

Quantas vozes correram por estradas

Confundindo sonhos e mentes,

Numa lavagem cerebral sem fim ?

E talvez fosse melhor admitir

Um meio termo entre o não e o sim,

Um equilíbrio em tudo que há,

Entre ideias crescendo num jardim,

Mas vem o mundo com seu blá-blá-blá

E dificulta a vida, sem mostrar, assim,

Um sentido existencial que vá

Realmente trazer mais felicidade...

Pois eu só queria ouvir, cedo ou tarde,

Uma voz que dissesse muito com pouco

E não tentasse tolher a humanidade

Em setores "normais" de sufoco,

Permitindo à alma, quem sabe, respirar

Sem julgar ninguém como louco,

Sem qualquer máscara de blá-blá-blá

Tentando camuflar nosso grito rouco.

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