Água (Não) Lava As Mãos
 
 
Agora entendo o porquê das digitais...
As mãos são espelhos
Por onde a alma reflete a vida.
 
Inconstante e dissimulada
Advoga pela absolvição
Tão fiel quanto condena.
 
Abre-se em afagos intensos
Ao mesmo tempo
Em que esbofeteia sem dó.
 
Liberta o prazer sexual
Mas não hesita, no ápice
Retê-lo por estrangulamento.
 
Convida amores para eternos
Ao passo que os expulsam descartáveis
Com a mesma intensidade.
 
Salvar ou matar
São questões tão irrelevantes
Que não merecem versos extras.
 
Bilíngue, trafega por entre o bem e o mal...
E, se contestada, fica por conta da razão
Ou da emoção uma justificativa qualquer.
 
 
 
Flávio Omena
Enviado por Flávio Omena em 07/03/2012
Código do texto: T3540257
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