Cenário Mineiro

Em Minas

dos telhados,

telhados coloniais,

telhados caiados pela História,

telhados que escondem segredos,

se vive e se morre

de amores pelas mulheres,

de arte,

de poesia,

de orgulho

(por ser mineiro).

...

Em Minas

das montanhas,

montanhas fortalezas,

montanhas que ecoam sonhos,

montanhas que retumbam liberdade,

montanhas que guardam mistérios,

montanhas de belezas,

se vive e se morre

de amores pelos irmãos,

de serestas ante as sacadas,

de sintonia com o Cosmo,

de prazer por ser mineiro.

...

Em Minas

das ruas estreitas,

ruas tortuosas,

ruas calçadas de glórias,

ruas lapidadas de graças,

ruas que são túmulos,

ruas, máquinas do tempo

se vive e se morre

de amores pela “mãe gentil”,

de filosofias,

de boemia,

de privilégio por ser mineiro.

...

Em Minas

dos lampiões nas fachadas,

lampiões da liberdade,

lampiões da igualdade,

lampiões da fraternidade,

lampiões da Razão, Luz,

se vive e se morre

de amores pelos ideais,

de harmonia entre os tempos vividos,

de orgulho pela terra,

de simplesmente ser mineiro.

Minas dos telhados,

Minas das montanhas,

Minas dos lampiões,

Berço de idealistas,

Poço de filosofia,

Fonte para os Poetas

Contemplação para os artistas.

Minas Gerais.

L.L. Bcena, 06/08/2000

POEMA 748 – CADERNO DOS ANJOS.

Nardo Leo Lisbôa
Enviado por Nardo Leo Lisbôa em 06/03/2012
Código do texto: T3539102
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