Cinzento
ha dias assim
que parecem nao ter fim
em fim
ha que viver
ha momentos eternos
tempo demais para ser vivido
quando a angustia se faz teimoza
e a dor finca o pé
ha tempos assim
quaze cinzentos
tristes
que escondem sorizos
e secam gargantas
ha noites assim
infelizes
rezamos para amanhecer
e;
amanhecemos sem sorizo