FRAGMENTOS POÉTICOS – I
GILBERTO BRAZ ALMEIDA
Alva lua, prateada e pura,
num céu de infinitas estrelas...
Quisera fosse a minha alma
a menor das estrelinhas
na noite que ainda dorme em mim...
II
Onde te encontrar,
minha peregrina poesia?...
Se as tempestades varreram
o limbo das pedras.
Se os musgos dos templos murcharam.
Se até a gota d’água na caverna,
um fio d’ água plangente,
em meio à metamorfose do tempo,
transformou-se numa enigmática estalagmite.
III
Sopra vento, rola saudade.
Vai à frente à nuvem de poeira,
vem atrás o poeta peregrino,
Sopra vento, caminhada penitente
e a dor calejada, enternece...