Eu não queria ter tanto a dizer,
Tanto que tocasse os corações endurecidos
Ou despertasse as almas mais distraídas,
Adormecidas, perdidas no que não sonham,
Que não desejam nem esperam um novo dia,
Almas que estão presas nesses mesmos velhos dias
De que estamos tanto a duvidar ainda...
Mas por vezes eu me contento com o silêncio
E não digo nada, não tento nada, não faço nada.
E a solidão é que me faz querer ficar no chão,
Que me impõe este silêncio e a tristeza que ele traz
E é o que me faz também nunca sentir tanta falta
De qualquer coisa que tanta falta assim não me faz.
E é sempre depois de tudo pensado assim
Que eu me desanimo e me aborreço e desisto,
Jogo fora o sumo dessa poesia
E, ao escrever, sirvo-lhes o bagaço
E nunca sei o que é melhor ou pior:
A gente desistir da vida e sonhar
Ou a gente desistir do sonho e viver
Tanto que tocasse os corações endurecidos
Ou despertasse as almas mais distraídas,
Adormecidas, perdidas no que não sonham,
Que não desejam nem esperam um novo dia,
Almas que estão presas nesses mesmos velhos dias
De que estamos tanto a duvidar ainda...
Mas por vezes eu me contento com o silêncio
E não digo nada, não tento nada, não faço nada.
E a solidão é que me faz querer ficar no chão,
Que me impõe este silêncio e a tristeza que ele traz
E é o que me faz também nunca sentir tanta falta
De qualquer coisa que tanta falta assim não me faz.
E é sempre depois de tudo pensado assim
Que eu me desanimo e me aborreço e desisto,
Jogo fora o sumo dessa poesia
E, ao escrever, sirvo-lhes o bagaço
E nunca sei o que é melhor ou pior:
A gente desistir da vida e sonhar
Ou a gente desistir do sonho e viver