Maçãs

Colheste as maçãs de meu rosto

Na relva fria da madrugada.

Roubando-lhes a cor e o gosto

Numa vontade exacerbada

De arrebatar-me sem acanho.

Afogaste-me em teu encanto

Com hálito de de flor apanhada.

Sem raiz, sem perfume, sem nada.

Apenas de seu leito arrancada.

Eu estava dormindo,antes de sua chegada.

Protegida em meu jardim de acalanto.

Mas em uma eternidade quase inesperada

Devoraste minhas maçãs regadas

No alvorecer de meu espanto.

Karoline Correia
Enviado por Karoline Correia em 02/03/2012
Reeditado em 16/01/2013
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