SOLIBERTÃO

Eu era mais poeta

Quando dava mais atenção a mim mesmo

No momento, me esvazio de hipocrisia

O relógio marca uma e quinze da manhã

Mas isso me parece tão repetitivo quanto o relógio

Esqueço a força de dores invisíveis

Calo verdades imprescindíveis

Porém mantenho os versos

Que vós ledes agora

Desligo minha angústia do dia a dia

Paro e penso no amanhã

Não quero a mesma rotina

Viver sozinho é monótono

Não há ninguém para descontrolar sua liberdade

Você tem que ser senhor/senhora de si mesmo(a)

Muitas vezes, mais que o necessário...

Ah. As curvas que o discurso faz

Explica um pouco da solidão

Que vem de brinde com a liberdade solitária.

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Extraído do livro: SURTO POLIGRÂMICO, disponível para download na seção e-livros.