Porque parece que tem mesmo de dizer
É que o poeta vem e diz
E tendo dito, tudo é quase a mesma coisa
Sempre será indiferente ser ou não ser feliz
A gente continua a fazer o que não quer
E nunca vai fazer o que sempre quis
Ah! O poeta não quer ser o que é
E nem quer ser o que ele diz
Quer apenas ser o que nem sente
Indiferente de ser ou não ser feliz
E tudo parece ser somente criar esses mundos
Para justamente não poder nem viver neles...
Tenho de dizer
E para tanto me assola cada palavra
E a poesia me faz definhar, ela dói, faz sofrer
Ela cobra seu preço para nascer e ser, sangra
A poesia rasga de luz a quietude da escuridão
Queima toda a frieza que cuido por no silêncio
E eu saio de cada poema como quem volta da morte
E carrego com eles e por eles o peso de minhas vontades
E a estranha leveza de todas as minhas necessidades...
Ao longe, a cantilena dos desafortunados
Daqueles que não tem um verso para puxar pelo rabo
Os poetas são todos uns desterrados e desacreditados
Sem qualquer migalha de poesia para comer
Dão do que tem e até do que não tem
Do que nunca tiveram e do que nunca vão ter
E andejam por esta terra aprendendo a viver sem
E é exatamente o choro desses desamparados
O que me dá força e a teimosia para ainda viver
Tendo ou mesmo não tendo quase nada para dizer...
É que o poeta vem e diz
E tendo dito, tudo é quase a mesma coisa
Sempre será indiferente ser ou não ser feliz
A gente continua a fazer o que não quer
E nunca vai fazer o que sempre quis
Ah! O poeta não quer ser o que é
E nem quer ser o que ele diz
Quer apenas ser o que nem sente
Indiferente de ser ou não ser feliz
E tudo parece ser somente criar esses mundos
Para justamente não poder nem viver neles...
Tenho de dizer
E para tanto me assola cada palavra
E a poesia me faz definhar, ela dói, faz sofrer
Ela cobra seu preço para nascer e ser, sangra
A poesia rasga de luz a quietude da escuridão
Queima toda a frieza que cuido por no silêncio
E eu saio de cada poema como quem volta da morte
E carrego com eles e por eles o peso de minhas vontades
E a estranha leveza de todas as minhas necessidades...
Ao longe, a cantilena dos desafortunados
Daqueles que não tem um verso para puxar pelo rabo
Os poetas são todos uns desterrados e desacreditados
Sem qualquer migalha de poesia para comer
Dão do que tem e até do que não tem
Do que nunca tiveram e do que nunca vão ter
E andejam por esta terra aprendendo a viver sem
E é exatamente o choro desses desamparados
O que me dá força e a teimosia para ainda viver
Tendo ou mesmo não tendo quase nada para dizer...