Enquanto rasgo papéis
Coisas antigas, coisas mortas, coisas esquecidas,
Coisas deixadas de lado, deixadas para trás.
Essas coisas velhas que carregamos,
O nosso fardo de miséria nesta vida,
Momentos e pensamentos e suas lembranças,
Essas esperanças tolas que colecionamos,
Esse pouco para existir a que nos apegamos.
 
As lembranças são animais ariscos que fogem
E se escondem intocados em suas tocas escuras.
 
Há algum lugar assim para os esquecimentos,
Uma espécie de espelho do tempo,
Em que basta olhar para vermos tudo
E ter nada, ser nada.
 
O que sabemos e esquecemos
O que somos ou o que fomos,
O que vamos ser,
Se é que vamos ser,
Quando formos
Marcos Lizardo
Enviado por Marcos Lizardo em 02/03/2012
Reeditado em 19/05/2021
Código do texto: T3530675
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.